Asas fascinadas
Em voo fascinado a vida nos desvirtua
Ainda que com o nevoeiro do amanhã
Nas esquinas e lá nos lavarintos da rua
Em nosso cerne há um singro de tecelã.
Há crivos a cada passo, cada momento
Os enigmas nos alucinam e nos jogamos
Cegam-nos e damos rasantes ao vento
Perdemo-nos aqui, além nos achamos.
As portas lacradas carecem ser abertas
Inda que passemos pela mínima fenda
E há no dia e na noite sinais de alertas.
Cifrados em mistérios e olhares fanais
Confessos extasiados pela alma do sol
E apetecemos a lua em desejos carnais!
Uberlândia MG
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