Pesadelo
No desejar esta insaciável pantera,
Não tendo descanso no tórrido mal
Desta paixão que tanto me devora
Na vida do amante lívido e anormal.
Encurvada foice da mentira megera
Amparava a seva deste lugar normal
A agonia selvagem que aqui ainda impera
Morre ó sinistro poeta sobre este mal.
Ferido na carne e no amor incontrolável
Armado na obsessão da posse execrável
Desaparece com clamor irado o poeta.
Concentra tuas forças no fim que completa
Esta vida triste está conservada ó atleta
Das palavras como vítima insuportável.