MONTE ALVERNE ANTERIANO
“O Romeiro do Infinito”
Subiste arduamente a áspera montanha
Procurando encontrar a tua identidade
E descobriste em rudes sendas de verdade
Um outro espírito de ambiguidade tamanha.
Como novo Poverelo numa vida estranha,
Despojando a tua alma da iniquidade,
Renunciaste p´ ra sempre aos traços da vaidade
Numa espiral de fé que arde e que entranha.
Franca visão global de sonho e de ventura,
Num abraço fraterno a toda a criatura,
Foste romeiro do Infinito e da Virtude.
Qual cavaleiro andante, em frágil coração,
Venceram-te, por fim, os ventos da Ilusão
Acorrentando-te em prometaica quietude…
- Ó irmã Dor, ó triste e escrava Solidão,
Faz-me entender aquele apelo angustiante
Que cure a alma humana do deserto errante!
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA