São Poetas!
Somos nós os de passo errante
Outros seguem, em linha reta
Nossas faces, desconcertantes
A lua sussurra: são poetas!
Ousamos ser da vida amantes
entre santos em trilha discreta
Nossos pecados, horripilantes
E a noite grita: são poetas!
Corações sangrando, incessantes,
irrigando linhas flamejantes
que flutuam em dores diversas
As estrelas brilhando: são poetas!
Entre os seres, no mundo cativos,
somos nós os de alma liberta.