Confissões (46)
Edir Pina de Barros
Não quero a vã palavra sem sentido,
Sem eco nos abismos de minh’alma,
Que não traduza a terna paz, a calma,
Sem tons e sobretons, sem colorido.
Também não quero, não, mordaz palavra
Replena de ironia corrosiva,
Aquela que é gelada, inexpressiva,
Cuja semente morre em fértil lavra.
Quero a palavra-luz, que é cais e porto,
Eivada de ternura, de conforto,
E de paixão, que é fonte do lirismo.
Quero a palavra-força, estrela guia,
Que traga dentro em si amor, poesia,
Daquelas que sequer nem mesmo eu cismo.
Edir Pina de Barros
Não quero a vã palavra sem sentido,
Sem eco nos abismos de minh’alma,
Que não traduza a terna paz, a calma,
Sem tons e sobretons, sem colorido.
Também não quero, não, mordaz palavra
Replena de ironia corrosiva,
Aquela que é gelada, inexpressiva,
Cuja semente morre em fértil lavra.
Quero a palavra-luz, que é cais e porto,
Eivada de ternura, de conforto,
E de paixão, que é fonte do lirismo.
Quero a palavra-força, estrela guia,
Que traga dentro em si amor, poesia,
Daquelas que sequer nem mesmo eu cismo.