Dom de amor
Amar demais! Que alma fosse amar
O escuro da noite morta...
Amar demais! Que vivo a amargurar
No silêncio em que me conforta...
Amar as penumbras que me suporta,
As convulsas dores no perdurar
Dos anoiteceres imensos, o luar
Que nem casto bateu a minha porta.
Sinto! Amo! Mas o que sinto e amo
São os confortos do meu engano,
São os fantasmas quais eu converso...
Amar que do meu peito é espanto!
Silêncio, luar, amargura é o que canto
De amor, que me deu a dom o verso!...
(Poeta Dolandmay)
Amar demais! Que alma fosse amar
O escuro da noite morta...
Amar demais! Que vivo a amargurar
No silêncio em que me conforta...
Amar as penumbras que me suporta,
As convulsas dores no perdurar
Dos anoiteceres imensos, o luar
Que nem casto bateu a minha porta.
Sinto! Amo! Mas o que sinto e amo
São os confortos do meu engano,
São os fantasmas quais eu converso...
Amar que do meu peito é espanto!
Silêncio, luar, amargura é o que canto
De amor, que me deu a dom o verso!...
(Poeta Dolandmay)