Soneto da Despedida
Soneto da Despedida
Meu espírito se encontra prisioneiro
Dos ímpetos dessa paixão
Foi-se meu amor derradeiro
Sentenciando-me com a solidão
O céu chora minha mágoa
Como a chuva que trovejou
Não tem tristeza análoga
A minha alegria se apagou
A maquiagem da ilusão desbotou
Agora caminharei torpe sozinho
Levando lembrança desse amor
Fui julgado erroneamente
No tribunal da hipocrisia
Resta-me cumprir a pena, somente.
Samuel Alencar da Silva