CANÇÃO DA MORTE...
Choram meus olhos. A canção, profunda,
Permeia a alma que me tem tão triste,
Pois faz lembrar-me quando tu partiste;
Em pranto e dor esta canção me afunda...
Vejo-me, e a cor da minha vida, imunda,
Em tons de lúrido, quiçá existe,
Mas, a saudade na canção insiste,
E cada vez, cada vez mais me inunda!
Num lacrimal sem esperanças vejo
O ermo fim de todo sonho e, ensejo,
Oferecer a minha vida à sorte!...
Quem sabe, em dia muito breve, adejo,
Às espirais do eternal desejo,
Ouvindo, enfim, só a canção da morte!
Arão Filho
São Luís-MA, 02/07/2013