Desigualdade I
Desigualdade I
Já minha alma foi oferecida,
Em troca desta tão grande dureza,
No mundo vive agora a pobreza,
Que antes nunca fora tão ofendida!
Por tantos danos foi já acometida
Neste mundo declarado de vileza,
Não se tornou ela uma surpresa,
Com essa agrura bem ressentida!
Neste enorme mundo de incerteza,
Onde um e outro não é igual,
Vive alma minha nesta natureza!
A vida assim já não é natural,
Vivê-la entre essa tamanha baixeza,
É vida completamente desigual!
Poema por lapso repetido.