AMOR OCULTO
Não sei que estranha força me domina
O frágil coração quando te vejo
Pois se a tanto te alcança o meu desejo
O teu semblante igualmente me fascina
Paixão febril que aos poucos me assassina
Eu quisera perder tudo que almejo
E morresse afogando em teus beijos
Esta sede de amor que me alucina
Ó não fujas de mim quando te espero
Pois quanto mais tu foges tanto mais te quero
Na febre ardente da paixão secreta
Vem ao menos por amor de soledade
Trazer um orvalho de calor e de bondade
As murchas flores do jardim do poeta!