Onça (3)
Feito uma onça que pressente a caça
eu sigo os rastros teus no chão molhado,
a farejar teu cheiro perfumado,
que está na minha tez e nunca passa.
Farejo-te com zelo, com cuidado,
para que a sedução não perca a graça
e o teu desejo vire pó, fumaça,
tornando o amor tristonho, malfadado.
Espio-te de longe e te cobiço
por conta desse teu perfume e viço,
e assim o meu desejo vai crescendo.
Jorrando nos teus olhos meu feitiço,
e vendo o belo corpo teu tremendo,
enlaço-o com paixão e, enfim, te rendo.
Brasília, 1º. de Julho de 2013.
Pura chama, pg. 25
Feito uma onça que pressente a caça
eu sigo os rastros teus no chão molhado,
a farejar teu cheiro perfumado,
que está na minha tez e nunca passa.
Farejo-te com zelo, com cuidado,
para que a sedução não perca a graça
e o teu desejo vire pó, fumaça,
tornando o amor tristonho, malfadado.
Espio-te de longe e te cobiço
por conta desse teu perfume e viço,
e assim o meu desejo vai crescendo.
Jorrando nos teus olhos meu feitiço,
e vendo o belo corpo teu tremendo,
enlaço-o com paixão e, enfim, te rendo.
Brasília, 1º. de Julho de 2013.
Pura chama, pg. 25