IREI MORRER DE AMOR QUE DESBARATAM

Do tempo trago o triste pensamento,

E já de amor a bem do mal ficou,

Das águas, rios, minha alma levou,

Contente está, de quem me fez tormento!

Que farto e fita em feito sentimento,

Tal ódio, mas mais ama no que amou,

A quem por bem, que tem amor cobrou,

Cansado está meu grande sofrimento!

Assim, eu, como tenho amor, mais sinto

Também, as muitas dores que me matam

A ver o duro tempo que não minto.

Oh, fraca a frota em finto que me acatam

Os grandes medos meus por mero instinto,

E irei morrer de amor que desbaratam!

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 01/07/2013
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