JAMAIS SEREI UM HOMEM DIVO
No meio ao valho tempo em sorte tenho,
Das naus gentis em alma a levo triste,
Num reino ao campo agreste a bem existe
A forma em tal momento simples venho.
Contente a mágoa não gentil contenho
Dos medos faço tantos, que subiste
Paixão de negra forma alada viste,
Do quão a mal de muitos me desdenho.
Carácter sóbrio deste amor imenso;
Que pela minha gente mais eu vivo,
Mas só de ti, paixão a qual pertenço.
Do mestre amor que sou um mero escrivo;
Das más lembranças mais as sinto e venço,
Mas não, jamais serei um homem divo!
AUTOR: ANGELO AUGUTO