MEU VIOLÃO, MEU CORAÇÃO

MEU VIOLÃO, MEU CORAÇÃO

Já não toco mais meu violão como tocava,

Meus dedos endureceram de repente,

A flor do meu jardim que me inspirava

Feneceu nos dissonantes do inconsciente.

Assim, vou perdendo tudo pouco a pouco

A saúde, a alegria e a mocidade,

Os amores que tive, estou ficando louco,

Embora tenha em mim o manto da bondade.

Ó céus, ó mar, ó estrelas matutinas

Tende piedade de mim que choro em vão

Embriagado pelo aroma das boninas.

Nestes versos arcaicos e tão sem jeito

Vou machucando o meu pobre coração,

Deus, joga o teu manto sobre o meu peito.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 30/06/2013
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