MEU VIOLÃO, MEU CORAÇÃO
MEU VIOLÃO, MEU CORAÇÃO
Já não toco mais meu violão como tocava,
Meus dedos endureceram de repente,
A flor do meu jardim que me inspirava
Feneceu nos dissonantes do inconsciente.
Assim, vou perdendo tudo pouco a pouco
A saúde, a alegria e a mocidade,
Os amores que tive, estou ficando louco,
Embora tenha em mim o manto da bondade.
Ó céus, ó mar, ó estrelas matutinas
Tende piedade de mim que choro em vão
Embriagado pelo aroma das boninas.
Nestes versos arcaicos e tão sem jeito
Vou machucando o meu pobre coração,
Deus, joga o teu manto sobre o meu peito.