A DEUSA DA IGUALDADE
Aquela que não olha cor nem raça;
a que, com seu andar constante e eterno,
deixa seus rastros firmes onde passa,
deixa nos corações um frio inverno...
Aquela que é do céu, também do inferno;
que bebe todo sangue em uma taça;
seja a quem for, vem como um sono terno;
seja a quem for, vem como fera à caça.
Vem devagar, vem a cavalo ou voa;
seu nome, então, aos quatro ventos soa
e, sem ter prazo, direção ou norte,
a deusa igualitária desce o manto,
que a todos cobre, sem falhar – é santo.
Essa é a deusa da igualdade – a morte!