A DEUSA DA IGUALDADE

Aquela que não olha cor nem raça;

a que, com seu andar constante e eterno,

deixa seus rastros firmes onde passa,

deixa nos corações um frio inverno...

Aquela que é do céu, também do inferno;

que bebe todo sangue em uma taça;

seja a quem for, vem como um sono terno;

seja a quem for, vem como fera à caça.

Vem devagar, vem a cavalo ou voa;

seu nome, então, aos quatro ventos soa

e, sem ter prazo, direção ou norte,

a deusa igualitária desce o manto,

que a todos cobre, sem falhar – é santo.

Essa é a deusa da igualdade – a morte!

Kleiton Muniz
Enviado por Kleiton Muniz em 30/06/2013
Código do texto: T4364808
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