Sozinho

Sozinho, de olhar sombrio, há tantos anos

Ao relento, um espectro de ser, esquecido

Ainda espreita o presente, o amor perdido

E que o futuro o jaz em brutal desengano.

Sozinho, e de um amor sem brio, o sobejo

Da brisa no rosto e o desgosto, se espalma

E por tanto negar-lhe, o amor da sua alma

Mergulhou na dor, desde o primórdio desejo.

Sozinho, um ébrio, na sua dor discrepante

E que alimentou inútil, uma paixão errante

Caído por terra, por uma fantasia mal feita.

Sozinho, um pobre coitado, fruto da ilusão

Mas que sangrou o peito, pra ter o coração

Cheio de amor, por aquela que só o rejeita.

HELDER C ROCHA
Enviado por HELDER C ROCHA em 29/06/2013
Reeditado em 18/03/2021
Código do texto: T4364693
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