Soneto da paixão
 
Não te darei a chama de amor tanto
Nem poder a julgar-me por te amar...
Quero-te em mim de acalanto,
Do teu corpo em fogo o inflamar...
 
Não te darei a canção do meu canto
Nem a razão de me ouvir cantar...
Quero-te a me ouvir num espanto,
Aos meus versos loucos te encontrar...
 
Quero-te infanta em tu’alma louca
A cantar-me ao ritmo de fervor
Quando o beijo eu der-te a tua boca...
 
Amo-te, oh, fulgente virgem do amor
Na chama que me deste a voz rouca,
Na paixão em que te ama o esplendor!
 
(Poeta Dolandmay)




Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 28/06/2013
Código do texto: T4363321
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