UM SONETO À EXISTÊNCIA
Se pela vida, quando eu chegar já bem exausta
Das noites frias, arredias, sem luar...
Sejam as estrelas a me acender na meta incauta
De se existir sem ao destino acatar.
Se pelas dores dum caminho improvisado...
Meu coração já sem controle palpitar,
Possa o amor, pelo existir fundamentado!
Realizar o que não pude alcançar.
Se pelas trilhas dum caminho empedernido
Alguma pedra se levantar na direção
De me ceifar do meu sentido tão holístico...
Que seja ela a pavimentar meu chão.
Pelos percalços do que não me faz sentido,
Seja o sentido: o de existir como missão.