Vozes (II)
O povo decidiu não mais ficar calado
e grita com vigor, ocupa ruas, praças,
para dizer da dor, de todas as desgraças,
de seu viver sem paz, por tantos explorado.
Saúde não se tem – a morte vive ao lado –
e toda a educação está jogada às traças,
o povo está refém de quem só faz trapaças
e sonha livre ser, mas vive condenado.
O povo se cansou do preço do feijão,
do imposto (que é imoral) e não retorna, não,
do abuso de poder, do desrespeito à vida.
E agora meu senhor? O que fazer senhora?
O povo está na rua, exige - não implora -
e expõe ao mundo inteiro o sangue da ferida.
Brasília, 27 de Junho de 2013.
Livro: Cantos de resistência, pg. 72
O povo decidiu não mais ficar calado
e grita com vigor, ocupa ruas, praças,
para dizer da dor, de todas as desgraças,
de seu viver sem paz, por tantos explorado.
Saúde não se tem – a morte vive ao lado –
e toda a educação está jogada às traças,
o povo está refém de quem só faz trapaças
e sonha livre ser, mas vive condenado.
O povo se cansou do preço do feijão,
do imposto (que é imoral) e não retorna, não,
do abuso de poder, do desrespeito à vida.
E agora meu senhor? O que fazer senhora?
O povo está na rua, exige - não implora -
e expõe ao mundo inteiro o sangue da ferida.
Brasília, 27 de Junho de 2013.
Livro: Cantos de resistência, pg. 72