Soneto II
- Para Guilherme H. Barros (Em memória)
A noite caiu como um negro véu
Salpicando estrelas na escuridão
Um anjo transformou o quarto em céu
Anjo que chegou sem explicação
Sorriu e tirou-me de um sonho cruel
Olhou-me sereno com tanta atenção
Dizendo-me ser aquele amigo fiel
Meu protetor e eterno guardião
Sussurrou canções para chamar o sono
Prometeu-me tirar de todo o abandono
Mas teve que partir quando amanheceu
E foi-se tão rápido como o outono
Espero que saibas que ainda é o dono
De um coração que não lhe esqueceu.