Pérfida Ventura
Amargo anseio que fustiga-me!
Transcende, dilacera o intangível,
Neste lodaçal Álgido e sepulcral,
A sinistra Presença espectral
A lua, furtiva, se oculta
Em meio ao céu nevoento,
Logo agora, que careço tanto
De teu lívido semblante
Oh! Pérfida ventura revelada
Nos tragos e na devassidão
Da alma exausta e lutuosa!
Vacilei nos desvios da estrada,
Adentrei, sem hesitar, na densa
Escuridão dos sonhos perdidos.