SONETO DA AUSÊNCIA AMADA

Quando tu não estás aqui comigo

É que te vejo, então, inteiramente

E tendo o sofrimento como amigo

Adoeço rindo e choro contente.

É (no pensamento) teu o amor perfeito,

És imaculável na tua ausência,

Teu olhar é doce, doce é o teu jeito,

Sem o meu temor dessa convivência.

Este meu dilema é paradoxal,

"De amar-te longe do meu coração"

Sendo meu remédio, vem a ser meu mal.

Triste é o resumo desta confusão:

Prendo-te aqui ou deixo-te afinal?

Que esfinge vence a minha questão?

Saulo Palemor
Enviado por Saulo Palemor em 26/06/2013
Reeditado em 08/02/2015
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