Ó TEMPO QUE NA VIDA ME MARCASTE

Ó tempo que na vida me marcaste!

Andas lento, mas sempre na esperança

Dum dia me matares! Na bonança

Que me vês, de sujeito mais ganhaste!

Pelos anos terríveis que esperaste;

Por me ver nesta cova em segurança,

Para não mais fugir de curta lança,

Que me fiz, de ser tarde, e magoaste!

Quão poder absoluto da verdade;

Não posso fazer nada, contra ti!

Ímpia e madrasta sorte na amizade...

Em que vi mais engano sempre aqui!

Mas, que vale a procura em lealdade,

No preço que paguei do que sofri?

AUTOR: ANGELO AUGUSTO

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 25/06/2013
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