Aquela estrada

Aquela poeira espessa da estrada de chão,

Embaçava totalmente a minha visão,

As pedras de cascalho calejavam os pés,

Dificultando o trajeto, prenunciando o revés.

Os arbustos sobriamente ladeavam,

A estrada sinuosa e abarcavam,

Toda a extensão da largura,

Cambaleando numa só brandura,

E o vento frio que congelava,

Retorcia tremendamente a clava,

Feita com madeira de pureza nobre.

A cada paisagem se descobre,

Novos retratos, novas imagens,

O tempo andando sem derrapagens.

Daniel Marin
Enviado por Daniel Marin em 25/06/2013
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