O LÁPIS

Assim que o lápis abraçado aos dedos,

Saiu girando pela pauta mansa,

Oh, que esplendor se derramou bem cedo,

E a minha aurora mais singela avança!

Sim, no compasso de uma valsa, ledo,

O lápis deixa o seu registro em dança;

Os versos cautos, arrumados, quedos;

E continua o seu bailar, não cansa!

Meu coração, então, assim, despido,

Em versos tênues, bem humildes, lido,

Talvez se sinta ser de alguém que adoro!...

Tu não os lês, eu sei nenhum versinho;

Ai, como dói não receber carinho!

Então, relei-o tristemente e choro!...

Arão Filho

São Luís-MA, 25/06/2013