Soneto à chegada da chuva

Nove mêis sem u'a chuva,

té as lágrima secaro,

eu cuií só o q'a luta

e o forte suó prantaro.

No currá mias vaca magra

matam a sede no cuispe.

Só a sussarana amarga

e o carcará sai impune.

Mais finda essa vida amarga

nas premessa de ajuda

c'as boa nuve aprepara:

O céu se tranca e urra,

inté o sabiá precata:

s' alegra!, poi vorta a chuva!

Luan Trovador
Enviado por Luan Trovador em 25/06/2013
Reeditado em 30/08/2013
Código do texto: T4357145
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