TARDE DE CRUVIANA

Era tarde céu escuro e tenebroso

Triste e lôbrego o vento assoviava

Medonho e açoitando devastava,

Matas, casas, bramindo furioso.

Da cachoeira ouvia-se o murmúrio

Enquanto lá na velha casa a Eunice,

Reunia-se e lucubrava com Clarisse,

No vão ao lado, gemidos e lamurio.

Cai à noite num instante tudo passa

Levanta Eunice e ascende à lamparina,

E no quarto ao lado brada a menina.

Já resplandece na aurora, oh Clarisse!

O deslumbre do inverno lá na roça

Oh zéfiro! Preserva a nossa choça.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 24/06/2013
Código do texto: T4356601
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