SUDÁRIO DA POESIA
Por trás dessa cortina de poesia
A que se predestina um aforismo
Há razão da verdade que eu cismo
Ser pura veleidade com ironia.
Que faz entre um soneto e uma elegia
O objeto indireto do escapismo
Que dá alma à evasão, ao romantismo
E finge ao coração o que ele cria?
Vale o lirismo amargo em boa dose
Desse eufemismo largo numa taça
De veneno com sal e sacarose.
Faz do teu verso a cruz do teu calvário.
Não discordes da corda que te enlaça,
E faz desta cortina o teu sudário.
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Por trás dessa cortina de poesia
A que se predestina um aforismo
Há razão da verdade que eu cismo
Ser pura veleidade com ironia.
Que faz entre um soneto e uma elegia
O objeto indireto do escapismo
Que dá alma à evasão, ao romantismo
E finge ao coração o que ele cria?
Vale o lirismo amargo em boa dose
Desse eufemismo largo numa taça
De veneno com sal e sacarose.
Faz do teu verso a cruz do teu calvário.
Não discordes da corda que te enlaça,
E faz desta cortina o teu sudário.
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