CORPO DA SEITA

De negro olhar e corpo assim sombrio;

Que circula cruel pelo seu mundo,

Do jeito, forma, e modo moribundo,

Quão tamanho mal solta no seu brio.

Das trevas que desfaz choro num rio

Afogado em vil mágoa, vagabundo;

Que maldade de todo o seu segundo,

De que derrama a mente em sangue frio.

Percorre vil horror em altos montes;

Que nasce a tempestade de imperfeita

Máquina de feitiços em vãs fontes.

Alma que assim deriva a ser sujeita;

Pelos tão tenebrosos horizontes,

Que se afigura atroz e podre seita.

AUTOR: ANGELO AUGUSTO

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 23/06/2013
Código do texto: T4354228
Classificação de conteúdo: seguro