CORPO DA SEITA
De negro olhar e corpo assim sombrio;
Que circula cruel pelo seu mundo,
Do jeito, forma, e modo moribundo,
Quão tamanho mal solta no seu brio.
Das trevas que desfaz choro num rio
Afogado em vil mágoa, vagabundo;
Que maldade de todo o seu segundo,
De que derrama a mente em sangue frio.
Percorre vil horror em altos montes;
Que nasce a tempestade de imperfeita
Máquina de feitiços em vãs fontes.
Alma que assim deriva a ser sujeita;
Pelos tão tenebrosos horizontes,
Que se afigura atroz e podre seita.
AUTOR: ANGELO AUGUSTO