AS CEGAS

AS CEGAS

Joyce Sameitat

Nas noites sem lua, cheias de ventanias;

Corre minha sombra nas luzes da cidade...

Sinto que ela correrá por toda eternidade;

Mesmo que o tempo volte a ser calmaria...

E por entre a solidão parcamente difusa;

Serpenteia meu coração vestindo agonia...

No colorido noturno ele sente a cacofonia;

No seu grande silêncio apenas se acusa...

Que rumo tomar mesmo que meio as cegas;

Apoiando-se em suas batidas aceleradas...

Com a alma em prantos um tanto debulhada?

Numa cidade que tenta mas não enxerga...

A força que tem quando se torna união;

E se desmancha de vez o meu coração...

SP - 21/06/13