OUVINDO
Numa formosa prece à natureza,
Pelo canto de cada passarinho,
Eu sinto satisfeito de mansinho,
Peitos se abrirem por linda proeza...
...Os deles..., num momento tão divino,
De um alegrar intenso pelo som,
Verdadeiro milagre do seu dom,
A propagar-se livre como um hino!
...O meu..., rompido às forças gigantes,
Por estas criaturas pequeninas;
Num mágico poder deste destino!
E mais belo que ouvi-los radiantes,
Em posse integral de almas cristalinas;
Não há, se o homem em mim virou menino!
Ps. Um soneto (presente aos meus queridos leitores) e aqui inédito, que irá para o meu futuro livro.