Noturnal (3)
A noite em mim se fez tristonha e imensa,
escura noite em meio ao meu deserto,
não vejo oásis, nada verde perto,
apenas o vazio da descrença.
É grande a solidão, silente e densa,
e tudo está vazio, tudo incerto,
(um sonho ruim, do qual jamais desperto)
e o tédio me consome, sem detença.
Quisera ver o verde da floresta,
bromélias, rios, praias, pantanais,
o sol em mim, na minha boca, testa.
Mas cá estou, perdida entre os meus ais,
a olhar a vida pela estreita fresta
do meu deserto d'alma. E nada mais.
Brasília, 21 de Junho de 2013.
Livro ESTILHAÇOS, p.30
A noite em mim se fez tristonha e imensa,
escura noite em meio ao meu deserto,
não vejo oásis, nada verde perto,
apenas o vazio da descrença.
É grande a solidão, silente e densa,
e tudo está vazio, tudo incerto,
(um sonho ruim, do qual jamais desperto)
e o tédio me consome, sem detença.
Quisera ver o verde da floresta,
bromélias, rios, praias, pantanais,
o sol em mim, na minha boca, testa.
Mas cá estou, perdida entre os meus ais,
a olhar a vida pela estreita fresta
do meu deserto d'alma. E nada mais.
Brasília, 21 de Junho de 2013.
Livro ESTILHAÇOS, p.30