GRITOS

Caminho ao horizonte, à procura da sorte,

nem tudo é claro, pois já noite,

ouço cânticos fúnebres e o vento açoite,

amargurado, sinto o meu eu distante,

as pernas tremem de tanto caminhar,

nos vales do grito da morte,

cansado, e com sede, sem ver o luar,

embriagado de desespero, sinto-me diferente,

sobre a margem do oculto

onde gatos miam e cães ladram,

com vozes, trazendo vultos,

preenchendo o infinito,

sem trilhos de amor,

pois a razão perdeu-se nesse labirinto...!

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 20/06/2013
Código do texto: T4350731
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