“ANCIANIDADE”
(ARO. 2013)
Já não lhe causa expectativa sua vida futura,
Também não lhe acrescenta nada sua vida passada:
O ontem lhe está distante, folha caída, página virada;
O amanhã, sem horizonte, só lhe permite amargura.
Melancólico engano pensar ser ‘porto seguro’ no momento
Quando lhe resta menos tempo, ou quase nada a saber,
Visto que todos os estágios da vida já os vira correr,
E agora, na sua fase final vê se aproximar a linha do tormento.
A passagem se aproxima, mas sua fraca visão lhe impede de ver.
É a consequência natural que todo ser vivo há de passar
Diante de uma certeza de que ninguém pra semente vai ficar.
Sua idade seria a da razão e do conhecimento para o conselho conceder,
Mas, no fundo sua figura é marcada como outra realidade
Pois o peso de seus anos surge como castigo por chegar à ancianidade.
Também não lhe acrescenta nada sua vida passada:
O ontem lhe está distante, folha caída, página virada;
O amanhã, sem horizonte, só lhe permite amargura.
Melancólico engano pensar ser ‘porto seguro’ no momento
Quando lhe resta menos tempo, ou quase nada a saber,
Visto que todos os estágios da vida já os vira correr,
E agora, na sua fase final vê se aproximar a linha do tormento.
A passagem se aproxima, mas sua fraca visão lhe impede de ver.
É a consequência natural que todo ser vivo há de passar
Diante de uma certeza de que ninguém pra semente vai ficar.
Sua idade seria a da razão e do conhecimento para o conselho conceder,
Mas, no fundo sua figura é marcada como outra realidade
Pois o peso de seus anos surge como castigo por chegar à ancianidade.
(ARO. 2013)