Medo de tentar
Na minha juventude tão escrava,
Eu tinha uma vilã – não percebia;
Se acaso eu ia agir me acorrentava;
E quando ia fazer me reprimia.
Eu me arrependo do que eu não falava;
E me arrependo do que eu não fazia.
O tempo dava a bola e eu não chutava;
A vida dava sopa e eu não bebia.
A timidez foi sempre o meu algoz.
A minha vez no tempo se perdeu;
Tentava me expressar não tinha voz...
... A chance em ser feliz que se apagou;
O passo a mais que a perna nunca deu;
O amor que o coração nunca expressou...