Medo de tentar

Na minha juventude tão escrava,

Eu tinha uma vilã – não percebia;

Se acaso eu ia agir me acorrentava;

E quando ia fazer me reprimia.

Eu me arrependo do que eu não falava;

E me arrependo do que eu não fazia.

O tempo dava a bola e eu não chutava;

A vida dava sopa e eu não bebia.

A timidez foi sempre o meu algoz.

A minha vez no tempo se perdeu;

Tentava me expressar não tinha voz...

... A chance em ser feliz que se apagou;

O passo a mais que a perna nunca deu;

O amor que o coração nunca expressou...

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 19/06/2013
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