Linda morena!
Palpei com uma doçura infinda.
Tua alvura pura; – farto deleite.
Ruminei tua pele, – era linda.
Macia e branca como o leite.
Embebi dos apegos, cristalinos
Voando sobre o mar, em teu céu!
Nos meandros, ofego; – divino!
Poetando neste cálice; com mel.
Sorvendo teu beijo, na fornalha
Em devaneio pleno, tiro a toalha
Amo-te, beijo-te... simples... plena!
Na toada, sem limo, da ternura.
Bradando no leito da brandura.
Ensejo-te serena; – Ah! morena!
(Airton Ventania)