Alforria
Novas esperanças de vida futura!
Me diga, meu amigo, se é verdade
Que devemos viver só de saudade
Impedindo um momento de cura?
Como eu sempre receei maldade,
Vivo agora fingindo ter bravura,
Eles pensam que sou linha dura
Não sabem que sou só bondade.
Tudo passa, meu amigo, na vida;
De que adianta eu ficar sofrendo,
Na verdade isso é uma semi-vida.
Viverei, se possível, me contendo,
Porque não quero nenhuma dívida;
Meu grilhão agora está corroendo.