A dor e o Poeta
 
Porque sofre solidão, acalentado
Por tão pouco de carinho...
Porque de peito cheio e desdenhado
Procura estrelas no caminho...
 
Porque perdura ilusão, condenado
Na cruz da saudade e desalinho...
Porque carpir-se de pecado
A flor de tão melhor espinho...
 
Porque do sol vem seu desejo
De luz-perpétua e leve... e, em vão,
O cravar do idôneo beijo...
 
Porque sem fulgor, n’alma espera
O amor-encanto e, paixão
Mesmo ao peito cheio que o tivera!
 
(Poeta Dolandmay)




Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 14/06/2013
Código do texto: T4341201
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