velhos paradigmas
Estou aqui rogando para voltar no tempo
O tempo mais valioso e que eu costumava esquecer
Minhas idéias confundem a minha cabeça
Só posso pensar nas distâncias, rotas, rotinas
No tempo gasto que sempre quero de volta
Eu feri com espada, magoei com palavras
Lutei bravamente contra soldados que dariam a vida por mim
Lutei contra o mundo que se fez no quintal da minha casa
Eu olhei as nuvens, eu menti pra mim mesmo
Desafiei gigantes existentes nessa minha boca ingênua
Estou aqui tapando o sol com uma peneira
Pisando em brasas e pulando por cima de vidros
Retirando essa minha maquiagem de peça fúnebre
Maquiando-me mais uma vez para um filme de terror
Estou aqui me desgastando a interromper-lhe a cada frase dita
Sem tempo, sem vento, sem lugar específico para ficar
Quebrando regras e sendo apertado entre as minhas quatro paredes
Estou me firmando como imperador dos sonhos
Tento voltar atras, buscando fazer tudo igual
Só pela vontade de reviver o que fiz, pra sorrir de novo
Converta minhas lágrimas de dor em sorrisos amenos
Em acenos e aplausos, em coragem e honra e vida
Conserte meus olhos, meu sol, minha lua, minha noite
Venha e calcule meus dias, destrua meus velhos paradigmas
E finalmente, torne-se meu anjo pessoal.