Um rosto na janela
Imersa no mais profundo desamor
Não sabe da vida sequer o sabor
Não prova nem mesmo a dor
Morta em vida, existe, passiva.
Da janela de seu quarto escuro
Vê-se como que em um muro
E nesses olhos mortos procuro
Os gritos de um ser que cativa
Todas as dores, anseios, medos
De ser sozinha com seus segredos
Só a fizeram sucumbir na solidão
Enquanto todas se adornam para o mundo
Ela sequer doa um segundo
Para aquecer seu vil coração.