Um rosto na janela

Imersa no mais profundo desamor

Não sabe da vida sequer o sabor

Não prova nem mesmo a dor

Morta em vida, existe, passiva.

Da janela de seu quarto escuro

Vê-se como que em um muro

E nesses olhos mortos procuro

Os gritos de um ser que cativa

Todas as dores, anseios, medos

De ser sozinha com seus segredos

Só a fizeram sucumbir na solidão

Enquanto todas se adornam para o mundo

Ela sequer doa um segundo

Para aquecer seu vil coração.

Izaías Serafim
Enviado por Izaías Serafim em 13/06/2013
Código do texto: T4340293
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