Arrependimento do Poeta
Não sou lido, não sou ouvido
Arrastando o juízo pelo chão,
Queimo o ego, mas, atrevido,
Sou um homem triste e ferido!
Que minha escrita não presta,
Não importa, falo o que quero!
Minha visão, por uma fresta,
Vê o que passarei; considero!
Como pássaro, como contralto,
Cantando dobrado e mais alto,
Com um ouvido quase afinado;
Tenho a voz morta e cortada
Pelo cansaço da vida, ceifada...
Quem espera, está ao meu lado!
Não sou lido, não sou ouvido
Arrastando o juízo pelo chão,
Queimo o ego, mas, atrevido,
Sou um homem triste e ferido!
Que minha escrita não presta,
Não importa, falo o que quero!
Minha visão, por uma fresta,
Vê o que passarei; considero!
Como pássaro, como contralto,
Cantando dobrado e mais alto,
Com um ouvido quase afinado;
Tenho a voz morta e cortada
Pelo cansaço da vida, ceifada...
Quem espera, está ao meu lado!