Arrependimento do Poeta


 
Não sou lido, não sou ouvido
Arrastando o juízo pelo chão,
Queimo o ego, mas, atrevido,
Sou um homem triste e ferido!
 
Que minha escrita não presta,
Não importa, falo o que quero!
Minha visão, por uma fresta,
Vê o que passarei; considero!
 
Como pássaro, como contralto,
Cantando dobrado e mais alto,
Com um ouvido quase afinado;
 
Tenho a voz morta e cortada
Pelo cansaço da vida, ceifada...
Quem espera, está ao  meu lado!
 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 13/06/2013
Reeditado em 20/06/2013
Código do texto: T4340262
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