A FLOR E O COLIBRI

Quantas vezes te namorei em surdina,

provei o néctar gostoso dessa flor;

e quantas vezes, depois do amor,

bati asas a outra plaga, outra campina.

Mas, novamente volto a ti. Oh, sina!

Contemplar a beleza dessa cor,

sorver o açúcar do teu sabor,

rumo que minhas asas se destinam.

Pousar de leve sobre tuas pétalas,

para provar o doce dessas sépalas,

equilibrado pelo voo das asas...

Introduzir o bico nas entranhas,

pôr fim nesta história um tanto estranha,

e nunca mais sair da nossa casa.