O MEU ESPELHO
Odir Milanez
Em meu espelho extrema-se a maldade.
Quanta maldade espelha o espelho meu!
Ele agora se arvora de saudade
em tudo que o meu rosto já viveu.
Dele desfez os dons da mocidade,
detalhes dogmáticos lhe deu.
Inimigo imoral da minha idade,
sou banido, de vez, do brilho seu.
Embora cego e vivo só metade,
de detratar de mim não se esqueceu,
pois me nega sem dó nem piedade.
Se às vezes lhe pergunto: “Espelho meu,
como vês em teu viso a minha idade?”
Ele desbrilha e diz: “Envelheceu!”
JPessoa/PB
11.06.2013
oklima
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JPessoa/PB
11.06.2013
oklima
Odir Milanez
Em meu espelho extrema-se a maldade.
Quanta maldade espelha o espelho meu!
Ele agora se arvora de saudade
em tudo que o meu rosto já viveu.
Dele desfez os dons da mocidade,
detalhes dogmáticos lhe deu.
Inimigo imoral da minha idade,
sou banido, de vez, do brilho seu.
Embora cego e vivo só metade,
de detratar de mim não se esqueceu,
pois me nega sem dó nem piedade.
Se às vezes lhe pergunto: “Espelho meu,
como vês em teu viso a minha idade?”
Ele desbrilha e diz: “Envelheceu!”
JPessoa/PB
11.06.2013
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11.06.2013
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