Ao toque das mãos tuas.
Acolhi teu olhar, e o versei.
Destemido, atrevido ao luar.
Nos versos, despidos, bem sei
Que eu sempre vou te amar!
Amar teu corpo, belo e ditoso!
Tua boca, quero sempre beijar!
Quisera eu, em mim, te encontrar.
E sondar teu mar, ardoroso!...
Tua pele; desprovida, me excita.
Ah!... — Como meu coração palpita...
Ao toque suave das mãos tuas!...
... e na lira de todos os ensejos!
Num clima; abafante, e no beijo...
Eu sonho-te; arfante, toda nua...
(Airton Ventania)