SONETO DA INTERROGAÇÃO.
Vi uma estrela apagada,em via fria,
Nas artérias coaguladas, estagnadas,
da Belo horizonte,a estrela não luzia,
sob o frio da noite,e vestes esfarrapadas.
Corpos, que tal progresso não atenderia,
olhavam a via cheia,de barriga vazia,
nesta tarde noite,como tantas outras,
vejo estrelas nas vias desprezadas.
Mas quantos reais pagam o progresso?
e a quem este progresso atendem?
eu não sei,não entendo juro e confesso.
Sobre as estrelas,meu sentido galopa,
e nestes versos que te surpreendem,
faz sentido tanto gasto por uma copa?