AUSÊNCIA, MEU CASTIGO
A tua ausência é o meu castigo!
Padece na revolta minha alma indignada;
Saudade de um tempo contigo,
Da felicidade de sentir sua amada.
A tua ausência é o meu desgosto!
É o choro engasgado na garganta,
Desejos de fugir, tapar meu rosto,
Rejeitar a beleza e a tudo que encanta.
Ausência é o sinônimo da solidão,
Rastro de cansaço que me acompanha
Deixando nas reservas esse desleixo;
Fazendo-me esquecer de que tenho coração
Que a vida é um simples sopro que assanha
O vivente e o faz naturalmente entrar no eixo.
DIONÉA FRAGOSO