O ABRAÇO

Hoje, no ápice da dor
dei-me o direito de chorar,
de não te precisar,
de não ser o cuidador.

Hoje dispensei teu amor
com preço anotado
na etiqueta do lado.
E, assim, seja o que for

serei o nada, a ausência,
uma parte do que seria
meu eu, minha demência,

resto de mim, pedaço.
Mas, na minha essência,
serei, sempre, o abraço.

Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 08/06/2013
Reeditado em 17/06/2013
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