O TEMPO...

Do tempo que passou restou saudade;

Memórias quase vivas, reluzentes,

Qual noite de luar, assim, debalde,

Passando pelos dias displicentes...

Passou por nós a vida, a idade,

O tempo então passou tão de repente;

E agora uma lembrança chega e invade,

E outra mais, mais outra qu’ a alma sente...

Escorrem os dias findos, derradeiros...

A vida, qual crepúsculo cimério,

Vai longe à sua noite negra, escura...

O tempo sempre leva ao cemitério!

Tomara que, passando nos luzeiros,

Adeje a minha alma estando pura!...

Arão Filho

São Luís-Ma, 06/06/2013