Ao som de um blues


Eis o meu peito em versos transformado,
Ao som de um blues. Na taça o tinto vinho.
Brilham na sala as brasas e os carinhos
De outro cigarro quase assassinado.

Lá fora a chuva escorre nos caminhos,
E os ventos frios uivam tresloucados.
Tudo parece um pranto acabrunhado
Sobre as esquinas dos escusos ninhos.

Minh’alma os céus abraça, festejando
A solidão dos breus eternos. Quando
A madrugada se faz ver tão fria,

Meu sangue explode em versos de louvor,
Rende mil preitos ao que não brilhou,
Goza os sabores da melancolia.
Firmínio dos Hades
Enviado por Firmínio dos Hades em 06/06/2013
Reeditado em 10/06/2017
Código do texto: T4328510
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