QUER SABER
Poeta amigo é jamais temer a morte
porque a palavra é o suicídio da voz
rasgando do teu corpo animal feroz
essa alma faminta de brilho e sorte
Nada na qual na vida mais se importe
que o prato de apenas feijão e arroz
lágrima saindo da fonte ainda veloz
inunda-o todo com o amor mais forte
Talvez dirão que deverá toda a beleza
buscar com obsessão e plena alegria
justifica a vida como oposto da leitura
pelo sorriso essa outra face da tristeza
escondida de encantamento a poesia
no teatro em que encena tua loucura.
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